O interesse dos seres humanos pelas drogas, apesar de não haver provas, é tão antigo quanto o interesse por si mesmo.
Então, pode-se acrescentar que a droga existe desde que a nossa espécie começou a interagir no mundo. O álcool, até 1250 D.C., era consumido com um baixo teor alcoólico das bebidas fermentadas (de 10º a 20º), só então começaram a serem destiladas, chegando estas a um teor alcoólico de 50º ou mais.
A partir de 1500 D.C. com os descobrimentos, através das grandes navegações, houveram contatos entre os continentes, a disseminação e trocas de drogas começaram a acontecer. Já se configurava o tráfico. O ópio da China, por exemplo, foi fruto dessas trocas por vias marítimas e durante séculos foi fumado, começando seu uso hipodérmico a partir de 1583.
O princípio ativo tanto do ópio como da coca ficam muito mais apurados sob as formas deheroína e cocaína. Como se vê, à medida que o homem evoluiu, cientificamente, foi produzindo drogas mais potentes.
Basta ver, hoje, o que faz em laboratórios: droga sintética, lícita ou ilícita, como o LSD, Ecstasy, ICE, Narcóticos, Metanfetaminas, entre outras.
O problema da dependência, mais especificamente o alcoolismo nas empresas, foi apontado por volta do ano 1940, e o país que acordou para esta problemática foi os Estados Unidos da América.
As primeiras pesquisas começaram a preocupar os americanos e a partir desta época, embora lentamente, foram se expandindo as preocupações a este fenômeno, que é a alcoolização, mesmo porque naquela década não se considerava o alcoolismo como doença, e os dependentes de álcool ou outras drogas eram tratados como doentes psiquiátricos, psicóticos, esquizofrênicos, neuróticos, dentre outras doenças mentais.
O que começou a chamar a atenção dos médicos foi que estes “loucos” bebiam demais e logo após a desintoxicação voltavam ao normal. E estes se diferenciavam dos que realmente portavam doenças psíquicas de difícil tratamento e prognóstico.
Passaram-se mais duas décadas para que a N.C.A. (National Council on Alcoholism) iniciasse investigações mais severas sobre o problema do álcool e consequências nas empresas americanas.
Nas décadas de 60 e 70, as preocupações começaram a tomar vultos maiores, pois já não era somente o álcool a chamar a atenção dos estudiosos, mas também as outras drogas lançadas no mercado mundial. Praticamente todos os países começaram a se preocupar com a dependência do álcool e outras drogas em todos os meios sociais, pois os malefícios estavam crescendo nas famílias, escolas e trabalho.
Hoje, há mais consciência sobre este problema: governo, sociedade e, embora seletivamente, algumas empresas começaram a ver com outros olhos a dependência nos locais de trabalho.
Objetiva-se, portanto, nesta obra, colaborar para que cada vez mais este problema seja visto e tratado com o merecido interesse.
Celso Maçaneiro
Comissão de Prevenção ao
Uso e Abuso do Álcool e Outras Drogas do Rotary Club
Curitiba Gralha Azul